Para muitas das pessoas com rinite alérgica, a mudança de estação, principalmente na chegada do inverno representa o final de seus problemas. Porém, para outros é só o começo do sofrimento. Isso acontece porque as diferentes pessoas são sensíveis à diferentes alérgenos.
Na primavera, a doença se relaciona mais comumente ao pólen, especialmente o das gramíneas na região de Curitiba e sul do Brasil. No inverno, as pessoas são mais expostas aos ácaros, mofos e poeiras. Isso se soma ainda ao fenômeno da inversão térmica, que dificulta a dissipação dos poluentes do ar. Assim como o tempo mais seco também é um fator importante.
A rinite alérgica, nada mais é do que uma resposta da alergia na mucosa nasal, causada pelos produtos a que somos sensíveis. Suas manifestações são o edema (inchaço) da mucosa, que dificulta a passagem de ar. Também leva a estimulação de terminações nervosas sensitivas, causando a coceira e os espirros frequentes. O corrimento nasal aumentado é uma tentativa da mucosa nasal de eliminar as substâncias nocivas de sua superfície.
A rinite é uma doença que não escolhe idade ou sexo, podendo atingir qualquer pessoa. Notadamente há uma maior incidência em pessoas com história de alergia, seja respiratória, de pele ou aparelho gastrointestinal. Ter parentes próximos com alergia também é um sinal de alerta. Estima-se que 80% da população mundial seja portadora de algum tipo de alergia.
É muito importante ressaltar a grande relação existente entre a rinite alérgica e as outras alergias respiratórias. Estima-se que 80% dos pacientes com asma tenham rinite.
As principais reclamações do paciente alérgico são:
- Espirros – muitas vezes, constituem-se no único sintoma da rinite. Ocorrem logo após o contato com o alérgeno e podem chegar a durar vários minutos.
- Prurido (Coceira) – os espirros geralmente são acompanhados de coceira nasal, que pode estender-se ao olho, ao canal auditivo externo e, até mesmo, ao lábio superior e garganta.
- Coriza – a coriza é a saída abundante de secreção nasal, de aspecto aquoso. Pode, até mesmo, haver gotejamento espontâneo da secreção.
- Obstrução Nasal – é um sintoma também muito frequente.
Normalmente é o sintoma que mais incomoda o paciente, pois obriga-o à respiração bucal, perturbando o seu dia e a sua noite.
As principais coisas que nos causam alergia respiratória são:
- pó encontrado na residência, especialmente em carpetes e cortinas, rico em ácaros;
- inalação de pólen presente no ar, grama ou árvores, poluentes atmosféricos (principalmente o ozônio e o dióxido de enxôfre);
- pêlos de animais domésticos (gatos, cachorros);
- esporos de fungos presentes na terra (poeira) e em suspensão no ar atmosférico;
- fumaça do cigarro, que normalmente agrava os sintomas ou até pode ser a causa primária da rinite;
- inalação de sprays de cabelo e desodorantes;
- fatores ocupacionais: farinha (para padeiros), pêlos de animais ou suas fezes (para pessoas que trabalham em zoológico, etc.), vapores, etc.
- alimentos como leite, chocolate, tomate, crustáceos, etc.
As pessoas que sofrem de rinite alérgica seja ela sazonal ou persistente, tem uma piora em sua qualidade de vida devido à essas queixas. De fato, a rinite alérgica causa distúrbios do sono e desconforto durante as atividades diárias, tudo isso levando à fadiga, falta de concentração no trabalho ou estudos e faltas na escola.
O seu médico, graças a uma rigorosa análise e ensaios diversos, será capaz de estabelecer o diagnóstico de rinite alérgica e sugerir soluções.
No tratamento da rinite podemos utilizar medicamentos, vacinas e melhorar os cuidados ambientais: (resumem-se à não ter contato com os fatores que nos causam alergia).
- Poeira doméstica
- Ácaro
- Mofo
- Pólen
- Pêlos de animais
Dr. Diego Augusto Malucelli
Presidente da Sociedade Paranaense de Otorrinolaringologia
Maiores informações telefone 3078-4701 ou Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital da Cruz Vermelha – telefone 3016-6622